FONTE UOL BIOGRAFIAS
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u499.jhtm
Irmã
Dulce, que ao nascer recebeu o nome de Maria Rita de
Souza Brito Lopes Pontes, era filha do dentista Augusto
Lopes Pontes e de Dulce Maria de Souza Brito Lopes
Pontes.
Aos 13 anos, depois de visitar áreas carentes,
acompanhada por uma tia, ela começou a manifestar o
desejo de se dedicar à vida religiosa.
Com o consentimento da família e o apoio da irmã
Dulcinha, foi transformando a casa da família num centro
de atendimento a pessoas necessitadas.
Em 8 de fevereiro de 1933, logo após se formar
professora, Maria Rita entrou para a Congregação das
Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de
Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Em 15 de
agosto de 1934, aos 20 anos de idade, foi ordenada
freira, recebendo o nome de Irmã Dulce, em homenagem à
sua mãe.
Sua primeira missão como freira foi ensinar em um
colégio mantido pela sua congregação, na Cidade Baixa,
em Salvador, região onde também dava assistência às
comunidades pobres e onde viria a concentrar as
principais atividades das Obras Sociais Irmã Dulce.
Em 1936, ela fundou a União Operária São Francisco. No
ano seguinte, junto com Frei Hildebrando Kruthaup, abriu
o Círculo Operário da Bahia, mantido com a arrecadação
de três cinemas que ambos haviam construído através de
doações. Em maio de 1939, irmã Dulce inaugurou o Colégio
Santo Antônio, voltado para os operários e seus filhos.
No mesmo ano, por necessidade, Irmã Dulce invadiu cinco
casas na Ilha dos Ratos, para abrigar doentes que
recolhia nas ruas. Mas foi expulsa do lugar e teve que
peregrinar durante uma década, instalando os doentes em
vários lugares, até transformar em albergue o galinheiro
do Convento Santo Antônio, que mais tarde deu origem ao
Hospital Santo Antônio, centro de um complexo médico,
social e educacional que continua atendendo aos pobres.
Considerada um "Anjo bom" pelo povo baiano, recebeu
também o apoio de pessoas de outros estados brasileiros
e de personalidades internacionais. Mesmo com a saúde
frágil, ela construiu e manteve uma das maiores e mais
respeitadas instituições filantrópicas do país.
Em 1988, irmã Dulce foi indicada pelo então presidente
José Sarney, com o apoio da rainha Silvia da Suécia,
para o Prêmio Nobel da Paz. Oito anos antes, no dia 7 de
julho de 1980, Irmã Dulce ouviu do Papa João Paulo 2o,
na sua primeira visita ao país, o incentivo para
prosseguir com a sua obra.
Os dois voltariam a se encontrar em 20 de outubro de
1991, na segunda visita do Papa ao Brasil, quando João
Paulo 2o fez questão de ir ao Convento Santo
Antônio visitar Irmã Dulce, já bastante enferma. Cinco
meses depois, no dia 13 de março de 1992, Irmã Dulce
morreu, pouco antes de completar 78 anos. No ano 2000
foi distinguida pelo papa João Paulo 2o com o
título de Serva de Deus. O processo de beatificação de
irmã Dulce está tramitando na Congregação das Causas dos
Santos do Vaticano. |